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Encontro de planejamento 2020 “Territórios Educativos da Cidade”

Em 2020 o Instituto Corrida Amiga segue aplicando atividades nas escolas públicas de São Paulo, sob a perspectiva da educação integral / territórios educativos! 

Territórios Educativos da Cidade
Na foto: Silvia Stuchi e Isa Mello

No dia 22 de janeiro de 2020,  participamos do Encontro de planejamento “Territórios Educativos da Cidade”, que reuniu vários profissionais da Rede Municipal de Ensino de SP e organizações parceiras, como Corrida Amiga, que ajudam a fomentar projetos pedagógicos de educação integral. Estiveram presentes também Iracema Nascimento (FE USP), Eduardo Girotto (FFLCH USP) e Anderson Kazuo (Unifesp), pesquisadoras do tema para falar sobre a temática. Também nos foi entregue o Mapa do Território Educativo das Travessias, trabalho realizado pelas próprias escolas, que conta com poesias e ilustrações dos locais que fazem o território um lugar de encontro e aprendizado. 

Territórios são complexos, contraditórios e muitas vezes conflituosos. São elementos essenciais para se compreender a vida social e atuar na gestão de desigualdades. 

O Projeto político-pedagógico escolar que contempla a cidade também como sala de aula, pensa a escola não utilitarista, a formação integral, de sujeitos complexos que somos. Ainda, contribuindo para a formação de seres questionadores sobre o local que vivem: para quem é o centro da cidade? Para quem são determinados locais da cidade? Quando a criança se depara com a realidade de que nem todo mundo tem acesso à cidade, abre-se um novo mundo. É compreender o território como inacabado, a cidade e suas contradições. Numa perspectiva integral, democrática, emancipadora e essencial para a vida social, do ponto de vista individual e coletivo. 

Paulo Freire, em Pedagogia da Autonomia, diz:

“para mulheres e homens, estar no mundo necessariamente significa estar com o mundo e com os outros. Estar no mundo sem fazer história, sem por ela ser feito, sem fazer cultura, sem ‘tratar’ sua própria presença no mundo, sem sonhar, sem cantar, sem musicar, sem pintar, sem cuidar da terra, das águas, sem usar as mãos, sem esculpir, sem filosofar, sem pontos de vista sobre o mundo, sem fazer ciência, ou tecnologia, sem assombro em face do mistério, sem aprender, sem ensinar, sem ideias de formação, sem politizar não é possível.” (FREIRE, 1996, p. 57-58).

Crédito: Cecília Garcia
Crédito: Cecília Garcia

É uma grande alegria participar e estar perto de políticas educacionais questionadoras, que existe, resiste e quer construir uma sociedade com direitos plenos.  A Escola é também (n)a rua e precisamos cada vez mais ocupar os espaços públicos!

camiga

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