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Nova edição do Podcast do Transporte mostra as mulheres cada vez mais presentes e influentes

06/09/2023 09:30 – ANTP/Diário do Transporte/OTM Editora

 

Pode parecer coincidência que entre os destaques do Podcast do Transporte desta semana, três sejam mulheres. Só que não. Cada vez mais elas abrem caminho nesta área tradicionalmente masculina e machista. E nós acompanhamos, o microfone está com elas.

Nesta edição, quem fala é Tainá Bitencourt, especialista em mobilidade urbana da Frente Nacional de Prefeitos, que chama a atenção para as equipes reduzidas e pouco capacitadas de muitas prefeituras, país afora, que serão responsáveis pelos novos desafios do transportes em tempos de chegada de  marco regulatório, políticas de descarbonização e uso crescente de dados para a criação de políticas públicas. Ela indica que a solução passa pela massificação de cursos como os que a FNP faz junto com a Escola Nacional de Administração Pública, do governo federal.

O mundo cada vez mais de olho no Brasil e a mobilidade urbana com papel cada vez mais reconhecido na vida do cidadão. A Diretora de Eletromobilidade Global da WRI (World Resources Institute)Cristina Albuquerque, diz que o problema a ser enfrentado é antigo, porque fizemos nossas cidades priorizando o deslocamento dos veículos e não das pessoas, por isso é tão convidar o cidadão a usar os meios mais sustentáveis. E os exemplos de cidades que estão enfrentando a problema estão aqui perto. Cristina conta que Buenos Aires e Bogotá aproveitaram para aumentar a infraestrutura para as bicicletas e Santiago do Chile, e novamente Bogotá estão entre as maiores frotas de ônibus elétricos fora da China

Um novo planejamento é urgente também para que o trânsito das cidades pare de matar tanta gente, lembra a fundadora do Instituto Corrida AmigaSilvia Stuchi. A adequação da velocidade dos carros ao tipo do uso das ruas e a preocupação de que as ruas sejam projetadas pensando na vida são ações fundamentais para um sistema mais seguro para todos. Ela toca num ponto fundamental ao argumentar que este tema não pode ser resolvido apenas por homens brancos sentados à mesa. A participação e representatividade de gênero, raça e vulnerabilidade social refletir a população brasileira que anda pelas ruas.

camiga