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TV Minas – Situação das calçadas: moradores reclamam de excesso de buracos nos passeios

Ano vai, ano vem…

Passam as gestões…

E, das menores às maiores cidades, o grave problema das calçadas persiste …

Em algum momento do dia, todos somos pedestres e acessaremos as calçadas. Apesar disso, as cidades brasileiras não contam com uma infraestrutura adequada para o deslocamento a pé. Apenas 4.7% das calçadas do país são acessíveis (IBGE, 2010). Além da calçada ser parte do sistema viário junto com os outros elementos da mobilidade a pé, é também articuladora dos outros modos de transporte. O usuário do transporte público, bicicleta, carro etc. também necessita do sistema de mobilidade a pé para complementar ou articular seus meios de deslocamento.

Vários municípios possuem arcabouço legal e manuais que orientam o desenho da calçada, mas sua aplicação não é efetiva. O Código de Trânsito Brasileiro aponta que o sistema viário inclui, além do leito carroçável, também os passeios públicos.

Considerando que a municipalidade é responsável pelo leito, não seria coerente também que ela fosse responsável pela calçada, já que são parte do mesmo sistema e possuem a mesma função: dar suporte aos deslocamentos das pessoas?

A mobilidade a pé carece ser compreendida como rede, que contemple toda infraestrutura e serviços, de forma contínua e uniforme. Ou seja, sem interrupções, obstáculos e falta de padronização que as calçadas possuem hoje nas cidades brasileiras.

Essas medidas que, de pronto, soam como “despesas”, em pouco tempo se reverteriam em ganhos em termos econômicos, ambientais, de saúde e segurança pública.

Confiram mais sobre na matéria da TV Minas, apresentando o triste cenário das calçadas em BH.

camiga