A Silvia Stuchi, diretora e fundadora do Instituto Corrida Amiga, esteve presente na 2nd Annual Sustainability and Development Conference, realizada de 11 a 14 de outubro de 2019, em Ann Arbor, Michigan (EUA), sediada pela Universidade de Michigan, apresentando a pesquisa de pós-doutorado “Sustainable urban mobility and active transport: Experiences of public services innovation in the city of Sao Paulo” que realiza no Programa de Pós-Graduação em Sustentabilidade, na Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo.
No contexto das mega-cidades nos países em desenvolvimento, a questão central a ser abordada é a expansão urbana sustentável, que exige medidas com abordagem dupla (infraestrutura e serviços públicos) para melhorar a mobilidade de grandes grupos populacionais. Um dos passos importantes nessa direção é a disseminação do transporte sustentável. A mobilidade urbana sustentável é um grande desafio na urbanização rápida das cidades de média e baixa renda, causando sérios problemas ambientais. Na cidade de São Paulo, os carros são responsáveis por 73% das emissões de gases de efeito estufa e o uso excessivo e mal planejado de transporte motorizado privado ocupa excessivamente o espaço urbano, prejudicando a qualidade da vitalidade urbana.
O trabalho apresentado na conferência objetivou analisar experiências de mobilidade ativa adotando a abordagem de inovação em serviço. São selecionadas duas iniciativas em áreas com grande fluxo de veículos e pessoas e com maior integração com o terminal de ônibus e a estação de metrô: Zona de velocidade reduzida e Rua completa. Os dados foram coletados a partir de documentos publicamente disponíveis, banco de dados da CET e entrevistas semiestruturadas com especialistas locais (WRI; ITDP e Iniciativa Bloomberg, Urb-i, FGV; LabMob/ UFRJ; Metropole 1:1; Cidade Ativa, e poder público – SMT), considerando técnicas e competências dos prestadores de serviços.
Do ponto de vista da inovação de serviços, nossos resultados mostram que, a partir de intervenções de curto prazo e de baixo custo no tratamento de infraestrutura para pedestres, foram introduzidos serviços públicos com o objetivo de promover a reestruturação de base, em processo participativo e reapropriação coletiva do espaço urbano. Essas inovações são baseadas na técnica do urbanismo tático e no desenvolvimento de competências para metodologias de intervenção, metodologias de avaliação d
e impacto do projeto e canal de comunicação entre prestadores de serviços e usuários. As intervenções são inicialmente temporárias, criando um desafio para a subsequente transformação em serviços públicos que geram benefícios ambientais.
Recentemente, Silvia em coautoria com Sonia Paulino, publicaram um artigo na revista Revista Brasileira de Gestão Urbana. O artigo pode ser acessado aqui
A programação completa da conferência de Michigan está disponível aqui, com vário temas interessantíssimos que visam discutir e propor soluções visando a sustentabilidade local e global.
